Aproximadamente 40 entidades parceiras reuniram-se na Universidade de Évora para formalizar a assinatura do protocolo de colaboração destinado à criação do Laboratório Vivo para a regeneração do sistema agro-silvo-pastoril Montado no dia 8 de janeiro de 2024.
O Laboratório Vivo do Montado tem como objetivo ser “um sistema de interação entre produtores, associações, administração pública e investigadores para criar conhecimento aplicável na gestão da prática”, de acordo com as palavras de Teresa Pinto Correia, presidente do CHANGE – Instituto para as Alterações Globais e Sustentabilidade e investigadora do MED na Universidade de Évora. Para além do MED, as restantes unidades de I&D constituintes do Laboratório Associado CHANGE, o CENSE e o CE3C, fornecerão conhecimento para complementar diversas atividades de investigação, informando o desenvolvimento e adaptação de políticas públicas nesta área.
Durante o mesmo evento, foi lançada a Cátedra do Solo, uma parceria entre a Universidade de Évora e a empresa BOVICER, proprietária da Herdade da Parreira, em Montemor-o-Novo, reconhecida como um exemplo de sustentabilidade na produção agrícola, com base na Agricultura de Conservação.
Adicionalmente às entidades de investigação, o Laboratório Vivo do Montado conta com a participação de Associações de Produtores e de Desenvolvimento Local, Entidades da Administração Pública, Empresas ligadas ao Sistema Montado e Proprietários de Áreas de Montado para que seja cumprido o propósito deste laboratório vivo. Nomeadamente, o de realizar atividades de experimentação e validação de soluções, em parcelas experimentais disponibilizadas pelas entidades parceiras, com vista a aumentar a resiliência do Montado, nomeadamente através de processos regenerativos do solo, incidindo também sobre a pastagem, o coberto florestal, os elementos singulares e a biodiversidade, sempre baseadas em conhecimento científico, Assim como o objetivo de realizar um processo de abordagem sistémica e co-construção, envolvendo todos os parceiros, para identificar, colocar em prática e monitorizar os efeitos da utilização de soluções aplicáveis no contexto de explorações reais e variadas, que possam servir de base à formulação de políticas públicas de apoio aos sistemas produtivos baseados nos montados, e que contribuam para a sua sustentabilidade.
Por sua vez a Cátedra do Solo terá como objetivos apoiar o desenvolvimento de investigação sobre práticas regenerativas do solo no contexto da região do Alentejo, promover a agricultura de conservação, assegurar a recolha, organização e análise dos dados dos respetivos trabalhos e que os mesmos possam estar disponíveis para fins de investigação por entidades do sistema nacional de investigação, e por fim, contribuir para a formação e treino de investigadores especializados em métodos de regeneração da saúde do solo no contexto da região Alentejo, assim como de empresários e técnicos.
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